Início / Capítulo 6: Domínio quântico
A Teoria dos Fios de Energia (EFT) descreve toda medição em três passos ordenados — acoplamento, fechamento e memória — que determinam se as franjas de interferência permanecem, enfraquecem ou desaparecem.
I. O que se vê em um experimento de dupla fenda
- Dispositivo: Atenuamos a fonte até emitir uma única unidade por vez. À frente, uma placa com duas fendas estreitas; atrás, uma tela que registra eventos individuais. Quando necessário, inserimos sondas ou elementos ópticos na região das fendas ou logo após.
- Caso 1: sem leitura de trajetória. Abrimos ambas as fendas e não adicionamos nada que diferencie os caminhos. Os impactos se acumulam ponto a ponto até que surgem franjas claras e escuras. Cada chegada é um ponto; o padrão de longo prazo exibe franjas.
- Caso 2: leitura “por qual fenda”. Diferenciamos os caminhos com polarizadores distintos, marcas de fase ou uma sonda sensível. As franjas desaparecem e a tela mostra dois picos largos. Os impactos continuam pontuais, mas a estatística muda.
- Caso 3: leitura fraca de trajetória. Inserimos uma sonda muito fraca ou uma marca mínima e reversível. As franjas persistem com menor contraste: quanto mais forte o acoplamento, maior o “lavamento” do padrão.
Somente a região dos caminhos é alterada. A fonte e a tela permanecem as mesmas; o que varia é a existência e a nitidez da base interferente.
II. Leitura central da EFT: acoplamento → fechamento → memória
- Acoplamento: reescrever o relevo de tensão. A luz é um pacote de perturbação de tensão (Tension) que se propaga na mar de energia (Energy Sea, EFT). Duas fendas gravam uma carta de guia que indica onde o relevo favorece ou dificulta o repasse local. Inserir uma sonda acrescenta estrutura que se acopla ao campo e perturba, parcial ou totalmente, a relação em fase entre caminhos. Quanto mais forte a reescrita, mais se achata a base de interferência. Chamamos de gradiente de tensão (Tension Gradient) a variação espacial dessa grandeza.
- Fechamento: fixar um evento em algum lugar. Quando o pacote troca energia de modo eficaz com um elemento local e atravessa um limiar de fechamento, o evento fica preso a um tempo e a um ponto. A outra rota deixa de estar disponível para interferir. O fechamento pode ocorrer ao longo do caminho ou na tela, conforme a intensidade do acoplamento e a geometria.
- Memória: amplificar a escolha em história. O fechamento é microscópico. Para virar um resultado legível, um dispositivo macroscópico precisa amplificar e escrever memória — desvio de ponteiro, inversão de pixel, acúmulo de carga. Uma vez escrita a memória, o processo não é mais reversível: franjas perdidas não retornam.
Voltando aos três casos: sem leitura, o acoplamento é muito fraco e o fechamento ocorre na tela — as franjas ficam nítidas; com leitura “por qual”, o acoplamento forte fecha já nas fendas, a carta é reescrita e não surge interferência distante; com leitura fraca, a reescrita é parcial e o contraste cai.
III. Escolha retardada no mesmo idioma
- Essência: Deixamos os dois caminhos propagarem em paralelo e decidimos no fim se os recombinamos coerentemente para interferir ou se os separamos para ler a trajetória. No interferômetro de Mach–Zehnder, isso equivale a inserir ou retirar o segundo divisor de feixe perto da saída. Uma versão cósmica usa duas rotas de uma lente gravitacional e, no telescópio, escolhe entre formar imagem ou saída interferente.
- Fenômeno: Com o segundo divisor, aparece um porto brilhante e outro escuro. Sem ele, cada saída registra estatísticas de trajetória. A decisão pode ser adiada até instantes antes da detecção e, ainda assim, os resultados obedecem à escolha final.
- Interpretação: O que se atrasa é como o fechamento ocorre, não uma mensagem enviada ao passado. Enquanto um acoplamento forte não quebrar a relação de fase no trajeto, o campo permanece interferível. Inserir ou retirar o divisor fixa a condição de contorno terminal antes do fechamento: se escolhemos fechamento por interferência, as rotas se recombinam e a carta fornece franjas claras e escuras; se escolhemos fechamento por trajetória, cada braço fecha separadamente e escreve memória. Não há retrocausalidade.
IV. Borracha quântica: continua sendo acoplamento → fechamento → memória
- Essência: Primeiro marcamos as duas rotas de forma fraca (por exemplo, com polarizações diferentes). Depois, perto da saída, adicionamos um elemento que remove a marca ou alinha ambas para a mesma orientação. Com contagem por coincidência, filtramos apenas o subamostro em que o apagamento realmente ocorreu.
- Fenômeno: Se a marca já foi amplificada em memória, as franjas não voltam. Se a marca era apenas potencial e é apagada antes do fechamento, as franjas reaparecem na estatística condicionada. Apagamento parcial rende recuperação parcial.
- Interpretação: Marcar reescreve a carta de guia. Se restauramos a relação em fase antes do fechamento e evitamos escrever memória intermediária, a base interferente volta a se formar na saída; por isso vemos franjas no subamostro combinado. Se a memória já foi escrita, o processo é irreversível.
V. Esclarecimentos rápidos
- Medir não é só olhar: é adicionar um acoplamento que reescreve a carta e pode antecipar o fechamento.
- O “colapso” não é um instante místico: é a face macroscópica do trio acoplamento–fechamento–memória.
- A escolha retardada não altera o passado: ela define a condição de contorno antes do fechamento.
- A borracha quântica não é mágica: ela remove a marca, restaura a fase comum e evita a escrita de memória no percurso.
VI. Em resumo (quatro linhas)
- As franjas vêm de uma carta de guia pré-inscrita; os pontos, de limiares de fechamento e escrita de memória.
- Medir = acoplamento, fechamento, memória; acoplamento mais forte achata a base interferente e enfraquece as franjas.
- A escolha retardada seleciona o modo de fechamento, não um retorno no tempo.
- A borracha quântica só restaura franjas se não houve memória e se o apagamento for completo.
Anexo — Família das medições fracas (guia EFT)
- Medição fraca: acoplamento pequeno e baixa troca de energia; a fase comum sofre perturbação leve, a carta é parcialmente reescrita e o contraste cai, mas permanece.
- Medição fraca contínua: muitos acoplamentos pequenos se acumulam; a decoerência cresce passo a passo e as franjas se borram.
- Borracha quântica: marcar e apagar antes do fechamento, sem memória macroscópica; com apagamento completo e seleção adequada, as franjas voltam no subamostro correspondente.
- Escolha retardada: adiar a escolha do modo de fechamento — por interferência ou por trajetória — sem retrocausalidade, apenas com condição de contorno final.
- Medição protegida e valores fracos: leitura sob forte proteção com troca quase nula; a carta mal se reescreve enquanto extraímos fase local ou distribuição, e o fechamento fica postergado até a leitura.
- Medição sem interação: alterar condições de contorno para bloquear um braço e deslocar probabilidades na outra saída; mesmo sem troca direta de energia, a carta é reescrita e a estatística revela a presença do objeto.
- Legibilidade de trajetória vs. visibilidade de franjas: rótulos mais nítidos reduzem a fase comum e suprimem a base interferente; rótulos mais difusos a reforçam — duas faces da força de acoplamento.
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Formato de atribuição recomendado: Autor: “Guanglin Tu”; Obra: “Energy Filament Theory”; Fonte: energyfilament.org; Licença: CC BY 4.0.
Primeira publicação: 2025-11-11|Versão atual:v5.1
Link da licença:https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/